sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O fim do ano ou apenas a vontade de se renovar...


Como um jogo de xadrez se fez a vida. Só nos cabe decidir se seremos as peças, o tabuleiro, ou apenas a vontade que as move. Só temos que continuar jogando, apenas jogando... Servindo-se de nós mesmos para nossas melhores jogadas. Mesmo que essas sejam apenas imaginárias. Com o término desse ano muitas vitórias obtive, não sendo adversário de outros, e sim, da minha própria desistência. Agora é só esperar ansiosamente para que nessa nova partida, eu continue sendo o que fui. Um pouco de tudo? Só que algumas casas adiante. Feliz por esse ano que passa, e incalculavelmente presente nesse ano que entra. Deixo aqui todas as possibilidades passadas, para entrar com um milhão delas, que podem ser certas ou erradas, mas vivamente novas e talvez passageiras...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Um brinde aos anjos da Roosevelt...


Eu acho a praça Roosevelt um pedaço do céu, não aquele céu de que tanto falam, não com aqueles anjinhos loirinhos e pálidos que chegam a dar medo, principalmente se for aqueles que possuem só cabeça e um par de asas... E sim um céu de pessoas reais com suas bocas sujas e suas realidades expostas. Nada a esconder. Ontem teve uma festa de confraternização para o pessoal da praça. Alguns moradores mais antigos e alguns outros recém chegados. Crianças sentadas ao lado de travestis sem nenhum problema, sem nenhum julgamento... Como num mundo perfeito... Já que o lugar é um pedaço do céu... Acho que as pessoas seriam um pouco melhores se freqüentassem com mais freqüência aquele lugar, já que teriam de dividir a mesa com pessoas que são julgadas como inferiores pela grande maioria. No que são melhores? Então saio de lá um pouco mais feliz, e com os meus passos largos e falsos vou andando pela rua das luzes, Augusta. Madrugada clara, iluminando alguns sonhos e poucas novidades. Alguns sorrisos embriagados pelo caminho. Algumas gargalhadas nervosas junto de amigos. Descemos algumas escadas até um lugar escuro, algumas mulheres dançando e pouco ar. Parei por uns instantes e sorri para mim mesmo no espelho... Sorri e constatei o quanto estou feliz por viver tudo isso ao invés de ficar sentado durante horas me lamentando por algo que nem existe. Quero todas as madrugadas. Prefiro mesmo todas as possibilidades... Quero a noite clara e alguns goles de absinto... Quero alguns sorrisos desdentados e algumas palavras de conforto. E muito abraços sinceros. Tenho tudo isso. O que mais eu poderia querer?

sábado, 13 de dezembro de 2008

Preguiça...


Quem foi que disse que eu era forte

Nunca pratiquei esporte, nem conheço futebol

O meu parceiro sempre foi o travesseiro

E eu passo o ano inteiro sem ver um raio de sol

A minha força bruta reside

Em um clássico cabide já cansado de sofrer

Minha armadura é de casimira pura

Que me dá musculatura, mas me pesa e faz doer

Eu poso pros fotógrafos e distribuo autógrafos

A todas as pequenas lá na praia de manhã

Um argentino disse, me vendo em Copacabana:“No hay fuerza sobre-humana que detenga este Tarzan”

De lutas não entendo abacate

Pois o meu grande alfaiate não faz roupa pra brigar

Sou incapaz de machucar uma formiga

Não há homem que consiga nos meus músculos pegar

Cheguei até a ser contratado

Pra subir em um tablado pra vencer o campeão

Mas a empresa pra evitar assassinato

Rasgou logo o meu contrato quando me viu sem roupão
("Tarzan, O filho do alfaiate" de Pedro Mariano)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Fée

Aleg Dou
Eu gozo ao perceber que o agora já é passado...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Le réflexe de moi dans le miroir du Narcisse qui pleure…

SALVADOR DALI : « La Métamorphose de Narcisse »1937



Eu tenho a alma de um vagabundo e um bom travesseiro para abraçar. Vivendo na espera constante de um novo amor, só para depois o abandonar. A vontade estranha de ser mais um no meio de tantos. A vontade estranha de ser tantos dentro de um. Um leão faminto com alguma carne para dilacerar, e depois cuspir para os abutres que a esperam deliciar. Os olhos de gato que revira latas em busca de um rato, enquanto em casa possui dentre todos o melhor prato. Alguns poucos amigos que faço questão de me gabar, e carrego dentro dos olhos todos juntos para todo lugar. Tenho um casaco novo todos os dias do verão. E ando pelado durante o inverno por opção. Caminho no fogo esperando o medo me matar, e depois ressuscito das cinzas de maneira suja e com minha língua vulgar. Derramo algumas lágrimas durante a noite para te confortar, enquanto me masturbo pensando em mim mesmo em um bom lugar. Tenho pesadelos constantemente, e agradeço todos os dias por acordar. Possuo dentes de ferro e um escudo de prata no calcanhar. Um cavalo negro que de tão arisco chega a matar. Asas que de tão grande chegam a pesar. Chifres de rinoceronte, e uma longa amizade com o caronte. Um coração de pedra e sentimentos profundos. Possuo uma constelação só para iluminar o meu mundo. O meu suor amargo e envenenado já fez cair por terra os mais terríveis guerreiros. E a minha vida profana já pôs em dúvida a crença dos mais famosos santeiros. Tenho a costa larga e um couro grosso de tanto apanhar, mas tenho as garras afiadas e um olhar ingênuo para acompanhar. A minha saliva quente que em cada corpo tende a marcar. E essa luz que me acompanha no mais profundo penar. Amando sempre, mas nunca a mesma pessoa. Esperando sempre aquela que me faça enlouquecer, e talvez me mostre o quanto eu amei de maneira à toa. Ou simplesmente nem cheguei a amar.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Despedida...



Lava
A minha memória suja neste rio de lama,
A extremidade da tua língua me limpa por toda parte,
E não deixa mais o mínimo vestígio
Daquilo que me prende e que me cansa.
Infelizmente!
Caça,
Persiga-o em mim, é apenas em mim que ele vive,
E quando o tiver na extremidade do teu fuzil,
Não ouça se ele te implora,
Você sabe
Que ele deve morrer de uma segunda morte
Então,
Acaba com ele... outra vez.
Chora!Eu tenho feito isso antes de você e não adiantou nada,
Quão bom é os soluços (de choro) inundarem as almofadas?
Eu tentei, eu tentei
Mas tenho
O coração seco e os olhos inchados
Mas tenho
O coração seco e os olhos inchados
Então queima!
Queima no momento em que se envolve na minha grande cama de gelo
A minha cama como uma banquisa que derrete quando você me entrelaça
E mais nada é triste
E mais nada é graveSe tenho...
O teu corpo como uma torrente de lava
A minha memória suja neste rio de lama
Lava!
A minha memória suja neste rio de lama
Lava!
(Chanson D`Amour)

sábado, 29 de novembro de 2008

Vontade de cicatrizar todas as feridas que causei... Mas como?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008


Enquanto eu lhe beijava a nuca... Podia-se ouvir um canto doce e rouco saindo da sua garganta.

sábado, 22 de novembro de 2008

Nesse mar de lágrimas...


Desde que nascemos movimentamos tudo que nos cerca. Temos a responsabilidade absoluta sobre a vida e o caminho dos outros. Podemos destruir lugares, matar pessoas, causar danos ou causar benefícios. Quanta dor você causou durantes seu pouco tempo aqui? Quantos sorrisos você destruiu? Quantas noites de sono você perturbou? Quantos sonhos você penetrou? Quantos caminhos você modificou? Com um simples gesto, uma simples palavra, você pode causar coisas maravilhosas, ou simplesmente, derramar algumas lágrimas, que pode parecer de baixo relevo, mas são caras, são raras. Ouvi dizer uma vez que cada lágrima é uma gota da alma. E eu acho que todos temos alma, só que não viemos com uma quantia extra para esses derramamentos desnecessários, somos limitados. A vida continua a mesma, mas os caminhos se modificam a cada minuto. Como uma folha que cai lentamente de uma árvore. O fato de você estar do lado, já modifica sua trajetória. Vivemos no fio da navalha, podemos destruir, construir, destruir novamente, portanto, somos deuses, somos arquitetos, somos construtores de histórias, de buracos ou flores nas memórias. Quantos mundos você explodiu com uma simples negação? Que tenho cá pra mim, não lhe cabe o direito de tal. Então o que eu peço, porém, não impeço, é uma dose de loucura. Precisamos ser loucos para plantarmos um imenso jardim. A consciência em excesso causa um enorme prejuízo, vê apenas o mundo. Enquanto que a loucura vai além de um simples corpo físico. Sejamos loucos então. Somente assim alcançaremos a liberdade absoluta. Não a liberdade do mundo, e sim a liberdade de nós mesmos. Sejamos loucos, para nos sentirmos um pouco melhor diante desse mar de lágrimas com algumas flores flutuantes.

Hoje tem "A Filosofia na Alcova" no SESC Santo André.


sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Eu vibro ao redescobrir pessoas maravilhosas.

Estava eu com minha timidez meio orgulhosa. Quando eu descubro um sorriso sincero, não que nunca tenha sido, apenas não tinha notado. Não foi à toa que nossos caminhos se cruzaram... Não foi à toa que nossas vidas se parecem. E acho que parecer por demais me fez não querer enxergar. Existem pessoas no mundo que merecem uma homenagem todos os dias... Pela história de vida, pelas lágrimas derramadas, pelos sonhos conquistados, pelos sonhos transformados e pelo olhar de criança, que brilha tanto, tanto, que às vezes chega a derreter o gelo em nossas almas. E então percebemos o quão importante ela é em nossa vida. Queria ter esse brilho no olhar... Mas pra que isso aconteça, eu preciso aprender com quem já o tem. Por isso eu vibro. Por uma nova descoberta. A vida nos prega cada peça. Às vezes procuramos tão longe, o que nos inspira, nossos ideais, e não enxergamos que ele está bem mais perto do que pensamos, dentro do sorriso sincero da eterna criança de olhar brilhante, por exemplo... Feliz por esse momento, feliz por descobrir que você sempre foi especial para mim... Por ter me abraçado quando cheguei nessa casa. Feliz por saber que você, no que depender de mim, vai estar sempre por perto. E eu não espero nada em troca, apenas que esse brilho continue contagiando a todos, e aquecendo pessoas congeladas pela vida.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Às vezes quando eu paro, deitado, e sinto o meu sangue correndo a uma velocidade descomunal, meu pulmão se abre por completo. Na verdade, sempre jogo qualquer coisa que deveria estar no coração para o pulmão, então eu aspiro fundo, seguro alguns soluços e jogo tudo em gás carbono. A vida nos ensina que o que não se pode ultrapassar, fica para trás ao mudarmos o sentido. E eu mudo meus sentidos constantemente. Uma vez estou atrás e outras estou bem longe... E assim, meus dias estão completos, com minhas unhas roídas e meu tapete persa. O que mais poderia querer em velho gato vira-lata e sem sentido. Só deixar de te querer? Na verdade, sempre jogo qualquer coisa que deveria estar no coração para o pulmão, então eu aspiro fundo, seguro alguns soluços e jogo tudo em gás carbono. Às vezes quando eu paro, deitado, e sinto o meu sangue correndo a uma velocidade descomunal, meu pulmão se abre por completo. E meu pulmão. A vida nos ensina que o que não se pode ultrapassar, fica para trás ao mudarmos o sentido. Uma vez estou atrás e outras estou bem longe... E assim, meus dias estão completos, com minhas unhas roídas e meu tapete persa. O que mais poderia querer um velho gato vira-lata e sem sentido. Só deixar de te querer? E eu mudo meus sentidos constantemente. E meu pulmão. Às vezes quando eu paro, deitado, e sinto o meu sangue correndo a uma velocidade descomunal, meu pulmão se abre por completo. E meu pulmão. Na verdade, sempre jogo qualquer coisa que deveria estar no coração para o pulmão, então eu aspiro fundo, seguro alguns soluços e jogo tudo em gás carbono. A vida nos ensina que o que não se pode ultrapassar, fica para trás ao mudarmos o sentido. E eu mudo meus sentidos constantemente. Só deixar de te querer? E assim, meus dias estão completos, com minhas unhas roídas e meu tapete persa. O que mais poderia querer um velho gato vira-lata e sem sentido. Uma vez estou atrás e outras estou bem longe... Às vezes quando eu paro, deitado, e sinto o meu sangue correndo a uma velocidade descomunal, meu pulmão se abre por completo. Na verdade, sempre jogo qualquer coisa que deveria estar no coração para o pulmão, então eu aspiro fundo, seguro alguns soluços e jogo tudo em gás carbono. A vida nos ensina que o que não se pode ultrapassar, fica para trás ao mudarmos o sentido. E eu mudo meus sentidos constantemente. Uma vez estou atrás e outras estou bem longe... E assim, meus dias estão completos, com minhas unhas roídas e meu tapete persa. O que mais poderia querer um velho gato vira-lata e sem sentido. Só deixar de te querer? E meu pulmão. Às vezes quando eu paro, deitado, e sinto o meu sangue correndo a uma velocidade descomunal, meu pulmão se abre por completo. E meu pulmão. Na verdade, sempre jogo qualquer coisa que deveria estar no coração para o pulmão, então eu aspiro fundo, seguro alguns soluços e jogo tudo em gás carbono. E eu mudo meus sentidos constantemente. Só deixar de te querer? Uma vez estou atrás e outras estou bem longe... A vida nos ensina que o que não se pode ultrapassar, fica para trás ao mudarmos o sentido.E assim, meus dias estão completos, com minhas unhas roídas e meu tapete persa. O que mais poderia querer um velho gato vira-lata e sem sentido.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Chego a pensar que o caráter de uma pessoa se mede pela língua...
Oleg Dou

domingo, 9 de novembro de 2008

Sur le bonheur des Justes...

Michael Hussar

SUR LE BONHEUR DES JUSTES, ET SUR LE MALHEUR DES REPROUVES


Heureux, qui de la Sagesse

Attendant tout son secours,

N'a point mis en la Richesse

L'espoir de ses derniers jours.

La mort n'a rien qui l'étonne ;

Et dès que son

Dieu l'ordonne,

Son âme prenant l'essor

S'élève d'un vol rapide

Vers la demeure, où réside

Son véritable trésor.


De quelle douleur profonde

Seront un jour pénétrés

Ces insensés, qui du monde,

Seigneur, vivent enivrés ;

par une fin soudaine

Détrompés d'une ombre vaine,

Qui passe, et ne revient plus,

Leurs yeux du fond de l'abîme

Près de ton trône sublime

Verront briller tes Elus !


Infortunés que nous sommes,

Où s'égaraient nos esprits ?

Voilà, diront-ils, ces hommes,

Vils objets de nos mépris,

Leur sainte et pénible vie

Nous parut une folie.

Mais aujourd'hui triomphants,

Le Ciel chante leur louange,

Et Dieu lui-même les range

Au nombre de ses Enfants.


Pour trouver un bien fragile

Qui nous vient d'être arraché,

Par quel chemin difficile

Hélas ! nous avons marché !

Dans une route insensée

Notre âme en vain s'est lassée,

Sans se reposer jamais,

Fermant l'oeil à la lumière,

Qui nous montrait la carrière

De la bien-heureuse Paix.


De nos attentats injustes

Quel fruit nous est-il resté ?

Où sont les titres augustes,

Dont notre orgueil s'est flatté ?

Sans amis, et sans défense,

Au trône de la vengeance

Appelés en jugement,

Faibles et tristes victimes

Nous y venons de nos crimes

Accompagnés seulement.


Ainsi d'une voix plaintive

Exprimera ses remords

La Pénitence, tardive

Des inconsolables Morts.

Ce qui faisait leurs délices,

Seigneur, fera leurs supplices.

Et par une égale loi,

Tes Saints trouveront des charmes

Dans le souvenir des larmes

Qu'ils versent ici pour toi.


Auteur:Jean RACINE

sábado, 8 de novembro de 2008

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Sexualidad explícita de Los Satyros impresiona al público


Juan Pablo Rodríguez

Al terminar la obra, los espectadores quedaron inmóviles en sus asientos, estupefactos y confundidos. Tardaron en recuperarse de la perversidad, el libertinaje, la violencia y repugnancia que causa La filosofía de la alcoba, obra teatral escrita por el mítico Marqués de Sade y representada por Los Satyros, reconocida compañía brasileña.Desde el primer instante, la obra pone a prueba la resistencia del público con escenas de sexo explícito. La puesta en escena comienza con una presentación de los actores y actrices masturbándose, mientras se oye una melodía escalofriante que introduce al público a una historia de lujuria, dolor, poder, libertinaje y reflexión. Cuando el director de la obra, Rodolfo García Vázquez, advertía sobre el contenido de la trama e insistía en que el público que asista a la pista de patinaje en Sonilum, donde se presenta la obra, tiene que tener un criterio sin prejuicios morales, de mentalidad liberal y con capacidad de resistencia, lo decía en serio.El lenguaje visual que presenta la puesta no es erótico, ni sutil, es más bien grotesco, agresivo y perverso; el dominio de escena que poseen los actores es digno de destacar, verdaderos valientes que interpretan el lado más despiadado, ruin y obsesivo del ser humano. La utilización de recursos como la iluminación, la música y el despliegue escénico hace que exista un dinamismo que mantiene la atención en una reflexión constante acerca de la conducta humana dejada a los instintos y pasiones. Se hace referencia a las limitaciones que provocan los conceptos morales, políticos y religiosos al placer y el libertinaje.Sin duda, La filosofía de la alcoba es una experiencia en donde la sangre, la orina, el semen, el excremento, el sudor y la saliva nos hacen reflexionar.

Polémica y provocadora

La obra teatral La filosofía de la Alcoba (1795) está basada en la novela homónima del Marqués de Sade (1740 - 1814) muestra la iniciación sexual de una joven doncella, teniendo como maestros a los míticos Dolmancé y Madame de Saint-Ange, dos de los personajes más libertinos de la historia del teatro. Aunque las lecciones son de sexo, también hay espacio para temas como la política y la moral.Se trata de una obra polémica desde los tiempos de su publicación en 1795, ya que fue censurada por un largo periodo por su alto contenido sexual.
Ficha técnica
Dirección: Rodolfo García Vázquez

Elenco: Andressa Cabral, Evelyn Ligocki, Marta Baião, Beto Bellini, Diogo Moura, Henrique Mello, Ruy Andrade

Iluminación: Flávio Duarte

Sonido: Poeta Queiroz Filho

Escenografía y vestuario: Marcelo Maffei

Producción ejecutiva: Evelyn Ligocki

Duración: 80 minutos

Costo de entrada: Bs 100

LOS SATYROS EN BOLIVIA

Los Satyros presentarán La Filosofía en la Alcoba en Bolivia
Sábado, 25.10.2008

El espectáculo La Filosofía en la Alcoba, basado en la novela homónima del Marqués de Sade y llevado a escena por la compañía brasileña Os Satyros, se presentará en Santa Cruz de la Sierra, los días 31 de octubre, 1 y 2 de noviembre en Sonilum.

La obra, una de las más exitosas producciones del teatro brasileño, llega de la mano de un elenco que es considerado la compañía top del momento en Brasil, con un sinfín de presentaciones alrededor del mundo; es, al mismo tiempo, uno de los espectáculos más audaces y polémicos del elenco paulista, que representará el texto en español, luego de haber realizado la traducción especialmente para el público cruceño.

La Filosofía en la Alcoba muestra la iniciación de una joven doncella, teniendo como maestros a los míticos Dolmancé y Madame de Saint-Ange, dos de los personajes más libertinos de la historia del teatro. Aunque las lecciones son de sexo, también hay espacio para temas como la política, la moral y el mismo significado de la vida, que ganan la escena en una puesta realmente sorprendente y que conmocionó inclusive al público europeo, en los lugares donde llegó a ser montada.

Actualmente en su quinta temporada en São Paulo, el espectáculo ya fue presentado en el Avignon Public Off, Edinburgh Fringe Festival, The Kirin International Arts Festival (Cambridge) y British Festival of Visual Theatre (Londres). Santa Cruz de la Sierra será la primera ciudad latinoamericana fuera de Brasil en presenciar la impactante puesta que la compañía ha preparado para una de las obras más conocidas y controversiales del Marqués, escritor francés que es hoy objeto de culto y se convirtió en uno de los más polémicos de la literatura universal en todos los tiempos.

Si es cierto que la obra impacta por su contenido y por la forma en que es llevada al escenario, lo es más el hecho de que las críticas han jugado a su favor en su trayectoria internacional. Desde "Un teatro revolucionario y diferente" (Cristina Duarte, Blitz, Lisboa) hasta "Un drama violento y un espectáculo de arte puro" (Jorge Pelayo, O Dia, Lisboa) o "La sensación del Edinburgh Festival" (John Orr, The Scotsman, Edimburgo), las reseñas de la pieza se multiplican en reconocimiento al notable trabajo realizado por la compañía brasileña.

Fundada en 1989 por los artistas Ivam Cabral y Rodolfo García Vázquez (director del espectáculo), la compañía Os Satyros se ha convertido a lo largo de los años en una de las más prestigiosas, importantes e influyentes del teatro brasileño. Celebradas por la crítica especializada y por el público de todo el país, sus puestas llenan salas, generan debate y son objeto permanente de estudio en universidades, escuelas y centros de pesquisa teatral. Con más de 60 obras estrenadas en 19 años de existencia, este elenco ya se presentó en decenas de festivales, en Alemania, Cuba, Escocia, España, Francia, Inglaterra, Portugal y Ucrania, entre otros países, llevando a escena obras con textos propios y de autores como William Shakespeare, August Strindberg, Ramón del Valle-Inclán, Heiner Müller, Dea Loher, Nelson Rodrigues y el Marqués de Sade.

Ahora, en Sonilum, los Satyros mostrarán por qué se ganaron el status de ser la principal compañía del teatro brasileño, en tres presentaciones que ciertamente no serán olvidadas por el público cruceño. El viernes y el sábado, la función empezará a las 21:00, mientras el domingo el inicio será a las 20:00. Mayores informaciones a los números 726-59636 o al 708-04252, en el correo electrónico y también en la página web de Teatro en Santa Cruz.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

"Um pedaço de mim"

Maggie Taylor

E então chegamos na praça, eu, Beto e Andressa. Às 7 horas da manhã. E a praça vazia, como já era de se esperar. Será que apareceria alguém para ver “Game Over” às 9:00 am? O espetáculo anterior havia sido cancelado por alguns problemas. Ninguém, simplesmente não havia ninguém faltando 10 para as 9. Resolvemos apresentar mesmo assim. Eis que inesperadamente, surge uma, duas, três e 15 pessoas para nos ver. Pessoas queridas. Então eu paro por uns instantes e penso; Minha imagem pode ser de todos, sempre, mas meu coração é para poucos, bem poucos. E foi uma apresentação linda, eu e a Andressa que particularmente é uma das atrizes mais diciplinadas e talentosas que eu conheço. Algumas lágrimas em alguns olhos. O que me fez fazer daquele “game over” um lindo "start". Comecemos novamente, só que agora com algumas pessoas a mais dentro do coração. Só que agora com um pedaço de mim dividido entre 15. E assim eu caminho um pouco mais feliz, e talvez, um pouco mais leve.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

"La Philosophie dans le boudoir"


A FILOSOFIA NA ALCOVA

de Marquês de Sade









fotos: Marcelo Maffei



Sinopse:


Dolmancé e Madame de Saint"Ange, dois dos personagens mais libertinos da história da literatura universal são os protagonistas desse texto, escrito originalmente pelo marquês de Sade, em que é apresentada a educação sexual de uma jovem virgem, com aulas práticas e teóricas de libertinagem. Após o período de aprendizado, a mãe da jovem chega ao palácio dos libertinos para tentar resgatá-la, quando então é confrontada pelos mentores da jovem e por ela mesma.


Texto: Rodolfo García Vázquez, a partir da obra homônima do marquês de Sade.


Direção: Rodolfo García Vázquez


Elenco: Andressa Cabral, Beto Bellini, Diogo Moura, Evelyn Ligocki, Henrique Mello, Marta Baião e Ruy Andrade


Iluminação: Flávio Duarte


Sonoplastia: Poeta Queiroz Filho


Cenários e figurinos: Marcelo Maffei


Executiva: Evelyn Ligocki


Quando: Terças e sextas às 21hQuanto: R$ 30,00; R$ 15,00 (Estudantes, Classe Artística e Terceira Idade)


ESPAÇO DOS SATYROS DOIS


Praça Roosevelt, 134


Telefone para reservas: 11 3258 6345

domingo, 12 de outubro de 2008

Eis o processo... O novo processo.

Eu e Carolina Angrisani. Por Samuel Leon

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Lyndon Wade


"O que pode ser desfrutado em comum é sempre coisa de baixa definição, de pouco valor. Enfim, as grande coisas estão reservadas para os grandes espíritos, os abismos, para os espíritos profundos, as delicadezas e os calafrios reservados aos refinados, numa palavra: as raridades para os raros."




Friedrich W. Nietzsche em "Além do Bem e do Mal"

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O velho


O velho diz:
Toda uma vida carregada de duas coisas, ilusão e esperança, pra chegar agora e nada acontecer...
E será que teria vivido tanto sem elas?
Às vezes uma vida de decepção é bem melhor que uma vida de ignorância e inércia.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Como criar coragem em meio ao vale dos amedrontados.

Erwin Olaf


Os meus filhos não jogam futebol. Os meus sonhos não são de papel marche. Contento-me com pequenas promessas...Ando sobre as águas sujas das pequenas poças. Canto uma canção de amor com a voz rouca e falha. Espero alguém que talvez não chegue. Como acabar com um problema que não sabe qual é? O sangue fresco de seus olhos ainda escorre aqui dentro. Deixa o sol entrar. Você está tão pálido... Sua máscara anti tudo já está gasta. Preciso mudar de direção. Esquartejados, carbonizados, enforcados e atropelados. Sonhos interrompidos. Como uma prostituta apedrejada. Preciso bombear meu coração...Preciso sentir o calor novamente. Preciso tremer, ou melhor, temer o frio que me envolve. Sinto falta do amor que um dia eu senti...Sinto falta de mim. Sinto que preciso de um novo all`star... (risos seguidos de gritos e pequenas contrações desesperadas) Eu espero não esperar ser surpreendido. Por favor! Me surpreenda. Me diga coisas que eu não sei. Cante algum salmo pra mim. Me ensina a ser mais eu. Sorria sem ver meu corpo. Me peça pra te beijar a nuca e depois, e depois te abandonar... Me peça para acariciar seus ombros... Me ame, por caridade! (Risos monossilábicos seguidos de pequenos passos com os braços levantados, uma lágrima cai ao mesmo tempo que um leve sorriso se forma, ele salta e voa pra longe).

quarta-feira, 3 de setembro de 2008


Existirá sempre alguém que não se importará e nem se estremecerá com os meus olhos azuis.
Com meu jeito amigável...
Nem compartilharão meu sonhos...
Muito menos minhas realidades...
Mas isso não importa...
O que realmente importa, são minha pequenas estórias da qual construo dia após dia minha personagem que grita minhas angústias.
Mas ninguém ouvirá verdadeiramente com os ouvidos da alma, e sim do corpo.

BORBOLETAS DE SOL DE ASAS MAGOADAS


Estréia: 10 de setembro



Sinopse: “Borboletas de Sol de Asas Magoadas” leva para o palco o universo das travestis. Bety recebe o público para contar os detalhes do dia-a-dia de alguém que nasceu em corpo de homem, mas vive em um universo feminino. O público mergulha em um universo, ora cintilante, ora opaco, de preconceitos, risos, silicone, sexo, música, salto alto, desprezo, solidão e feminilidade. A atriz recebeu o Prêmio Açorianos “Atriz Revelação” em Porto Alegre em 2002 e indicação Prêmio Qualidade Brasil - Melhor Atriz SP em 2006 pelo espetáculo.

Texto: Evelyn Ligorki

Direção: Evelyn Ligorki e Celina Alcântara

Elenco: Evelyn Ligorki

Quando: Quartas às 21:00

Quanto: R$ 20,00; R$ 10,00 (Estudantes, Classe Artística e Terceira Idade); R$ 5,00 (Oficineiros dos Satyros e moradores da Praça Roosevelt)Lotação: 70 lugaresDuração: 60 minutos

– Indeterminado.
Ops. , é no teatro do Satyros I

Marquis au cube...

"Os 120 Dias de Sodoma","A Filosofia na Alcova" e "Ciranda dos Libertinos".

"A Filosofia na Alcova" é a primeira montagem dos Satyros para um texto do Marquês de Sade, grande aristocrata e escritor francês do século XVIII marcado pela pornografia violenta e desprezo pelos valores religiosos e morais de seus escritos. Exibida pela primeira vez em 2003, é a primeira parte da trilogia dos Satyros com textos de Marquês de Sade.


Além dela, "Os 120 Dias de Sodoma", dando seqüência à trilogia de Sade. O espetáculo trata das questões filosóficas e políticas colocadas pela obra sadeana, em um contexto brasileiro de corrupção e decadência das instituições sociais.


“Ciranda dos Libertinos”, que encerrará o conjunto das três peças, será apresentada ainda em outubro deste ano.

sábado, 30 de agosto de 2008

"Ele não é meu Filho" de Philippe Gaulier


Três bufões, no corpo de três mulheres e uma paródia sobre o Pai, o filho e o Espírito Santo. Três mulheres em trajes decadentes, típico dos bufões, estabelecem como que em uma brincadeira o contar a história. E quando a brincadeira começa, tudo se modifica e aquela incerteza de ter novamente errado ao entrar em um espetáculo qualquer, se torna na certeza de querer ficar. Nada deixa a desejar, desde o cenário minimalista até o trabalho das atrizes que primorosamente gritam os excluído. Eu me lembro de uma vez ouvir um apresentador de um programa de entrevistas da madrugada dizer que o teatro alternativo não existe, pois teatro é teatro, sempre. Mas tenho cá pra mim que o teatro alternativo nada mais é do que a única alternativa que muitos artistas tem de mostrar para o que vieram, de trabalhar, pagar o aluguel, etc... Enfim, nem todos podem ter um camarim iluminado. O que os tornam excluídos, ou não? Então eu sugiro, que você simplesmente tire o rabo das poltronas aveludadas dos teatros de elite, e venha para o limbo, sentar nas cadeiras de madeira, colocadas de forma improvisada e dividir seu espaço com os ratos. E me diga se ali, debaixo daquelas vestes e daquela voz modificada, não está uma atriz, um ator à altura de Bibi Ferreira, Paulo Autran ou Cacilda Becker. Esse paralelo é apenas uma singela divagação minha, em relação ao teatro e seu sistema. Mas os excluídos desse espetáculo abrangem uma proporção muito maior, que transcende um tipo especifico de classe. Vai além dessas linhas. Uma sociedade que não sabe como cuidar de seus filhos. Será que a mãe pátria está cansada de parir seus filhos bastardos? Ou melhor, será que nós estamos cansados de amamentar os filhos dos outros. Enfim, tudo isso é simplesmente algo que o próprio espetáculo me fez refletir, e com certeza continuo. Mas aqui fica o meu convite para o espetáculo que tem sua última apresentação hoje, às 24:00 hs, no espaço dos Satyros II. “Ele não é meu filho” é texto do francês Philippe Gaulier, direção de Soledad Yunge e no elenco estão; Monika Plöger, Roberta Gonzalez e Vera Kowalska. Provavelmente retornará.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

"Cubos de gelo no asfalto"

Nesse mesmo dia um velho senhor de cabelos brancos sujos sentou-se ao meu lado, ele tinha um cheiro de podre, quase que insuportável, então, então ele começou a falar comigo, acho que era louco, sei lá. Ele falava comigo sem som, só movimentava os lábios, sem soltar um único som. E eu tentava imaginar o que aquele velho de cabelos brancos sujos me falava, então não resisti e quebrei o silêncio: - O que? – Eu perguntei. Ele não respondeu. Apenas continuou a movimentar os lábios. Depois de alguns minutos o velho parou, de movimentar os lábios. E eu comecei, comecei a movimentar os meus lábios, bem devagar, tipo, falar sem som mesmo. Ele ficou me olhando por um momento e em seguida soltou uma gargalhada, também sem som. E quando eu estava começando a me divertir com aquilo, ele de repente começou a falar, agora com som. Acho que milagre, pensei, mas para minha surpresa percebi que junto do som de sua voz, também voltei a escutar o som da praça, dos poucos pássaros que ali estavam, das crianças e dos pastores. Então eu me levantei do velho banco da praça, agora barulhenta, e sem me despedir do velho senhor comecei a andar. Só andar, sem destino. Mas aquele cheiro do maldito velho, me perseguia pelas ruas sujas do centro. Na verdade eu só gostaria que as coisas fossem um pouco diferentes. Na verdade tem muitas coisas que eu gostaria. (pausa) Gostaria por exemplo de um dia, sair andando por aí... Sabe, sem destino. Vender tudo que eu tenho e sair andando, sem me preocupar com nada, sem me preocupar com absolutamente nada. E depois de um bom tempo caminhando, eu olharia pra trás para me certificar de que estou bem longe. E ao meu redor só estarão coisas novas, cidades novas com suas ruas de terra, pessoas novas, crianças se molhando com mangueira, velhos com seus cachimbos revisando suas velhas histórias na cabeça, sentados em bancos de madeira à espera de um ouvido que as escute. E quando aquele pequeno lugar novo já não fosse tão novo, eu apenas continuaria a andar, mais uma vez, sem preocupações, e mais uma vez eu olharia pra traz, para novamente me certificar de que o novo velho lugar ficou pra traz. E depois de um longo tempo andando por aí, eu compraria um chapéu e só faria coisas impensadas e surpreendentes para mim mesmo, como...(pausa) ...como nadar em um lago ... assaltar um banco... E quando meus pés já estivessem machucados e cansados de andar, eu roubaria um carro e continuaria andando, sempre em alta velocidade, escutando Willie Nelson... Então em um dia qualquer, como em um filme, eu sofreria um pequeno acidente onde bateria com a cabeça, e este pequeno impacto me faria esquecer o meu nome e o meu passado. E quando me sentisse melhor pra dirigir novamente e o carro estivesse consertado, eu continuaria andando, só... só que agora sem ter a preocupação de me preocupar de estar longe do passado... (Pausa) É engraçado, mas nesse exato momento eu tenho vontade de simplesmente sair andando por aí, sem direção, sem destino e sem olhar para os lados, até eu ter certeza de que estou em um lugar onde jamais estive. Sem me importar com absolutamente nada. Sem me importar com o ônibus atrasado, com o trabalho e com aquela merda de jardim seco...Mas infelizmente eu me importo, eu me importo com essa bosta de ônibus, com essa porra de lugar escuro e com essa merda de som que você está ouvindo. Eu me importo! Eu me importo! (Ri convulsivamente). (Progressivamente começa aqui seu desespero) Eu me importo como me importei à vida inteira em fazer tudo exatamente igual para não correr o risco de errar. E juro que pensei que se não corresse tantos riscos ou nenhum, eu estaria seguro...Sempre me bastando na minha velha poltrona... Eu me sinto agora como um figurante em minha própria vida. Eu estou com medo... Eu estou com muito medo... Medo de pensar, medo de ter de ficar me arrastando pelo meu apartamento durante horas, sem que ninguém saiba... Medo de ficar ali por dias, ou talvez meses... apodrecendo... até que meu cheiro podre se espalhe por todos os cantos do prédio... Até que alguém se sinta incomodado com o cheiro de podre e vá reclamar ao síndico... Eu tenho medo de que o maldito cheiro daquele velho, na verdade seja meu... E que aquele jardim seco seja... Eu... Eu gostaria na verdade que em cada canto do mundo, existisse um mega alto-falante de alta freqüência para explodir todos os tímpanos, inclusive os meus, para enfim eu não ter mais de escutar o silêncio dessa barulhenta cidade. E então eu não teria mais que escutar coisas que eu não estou afim, nem as suas e nem as minhas lamentações... Eu não precisaria escutar praticamente nada... Pois com os meus tímpanos furados eu simplesmente não escutaria... Por que ninguém nunca está a fim de escutar... E então com os meus tímpanos furados e vazando eu não precisaria escutar coisas do tipo... A vida é assim mesmo... Vai ficar tudo bem, ou... Ou que você tem apenas algumas semanas de vida... Então você percebe que essas algumas semanas de vida, serão as únicas semanas que você realmente se sentiu vivo...

...É muito fácil vendo de fora... mas a gente complica tanto, tanto, tanto que vira VIDA...

Por Danilo Amaral

terça-feira, 26 de agosto de 2008

domingo, 3 de agosto de 2008

Tenho um milhão de coisas pra contar...
Amores de um dia...
Sonhos de uma noite...
Realidades explosivas...
Poderia dizer milhões de palavras aqui.
Mas no momento, prefiro viver todas elas...
E no dia seguinte, esquece-las, de maneira natural.
Quem? Eu disse isso?

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Memórias póstumas de um...



Seu hálito lascivo me refrescava a alma e iluminava meus desejos mais íntimos. Fazia de seu sono um quadro de traços delicados. Enquanto dormia e sonhava com seu realismo fantástico, eu me contentava em observá-la, num canto úmido do escuro labirinto. Jamais saberás a tonalidade onírica que sua pele tomava à luz da lua. Jamais saberás o quanto me excitava com cada movimento seu, com cada arrepio, com cada parte descoberta de seu corpo, com cada suspiro. Eu deveria rasgá-la com minhas presas, mas a sua ingenuidade me fez anjo. Fiz-me cria em seu macio seio. Confesso que conhecia cada centímetro de sua delicada pele, e isso me enlouquecia. Como conter meus desejos, meu faro? Seu inconsciente cio me fazia esquecer o raciocínio e me entregar à voluptuosidade. Então eu babava como animal. E me encontrava em meu primitivismo. Esperava que adormecesse novamente para me aproximar e entrelaçar meus chifres em seus cabelos e penetrar seus sonhos. Com atitudes mortais e inesperadas eu me via seguindo por caminhos não profetizados em Creta. E assim, passo a passo eu me aproximava do abismo. Minha vontade era de tomá-la em meus braços e esquecer o mundo que nos separava. Parte de mim, a desejava, enquanto a outra, queria devorá-la. Jamais saberás o quanto era admirada quando corria por todos os lados do labirinto, ofegante, com medo, tentando achar a saída, sem imaginar que tanto a entrada como cada muro daquele labirinto quem definia era eu. No entanto só sairia, quando eu desejasse. Quando eu desejasse... Se partisse, não teria mais sentido. Como a filosofia ou o ópio, um caminho sem volta. A experiência traz a ausência. Entre minha sobriedade e sua liberdade. Optei pela loucura e me sacrifiquei pelo sacrifício que me enviaram. Ingênuos, ou oportunistas são aqueles que dizem que fui morto pelas mãos de um mortal.

sábado, 14 de junho de 2008

Por Gabriela Hatum de Mendonça.


Ludíbrio desfrutável


"Devasso pecado íntimo que a mim

Condena meus devaneios surrealistas.

Sou a afronta inquietante do moralismo,

A feição humana aprisionada, obscuramente sádica.


Insanidade astuta, anseio instintivo.

Serei a amante fatídica, a libertina

A qual levará a ti a condenação, a clemência.

E desvirtuada trarei seu deleite.


Lolismo, Voyerismo, Sodomia.

Parafilia em falicismo.

Farei a minha iniqüidade flamejar em ti, equilibrado humano.


Em entediados momentos particulares

Procurará em rebento faminto a ninfa oculta,

O anjo místico amaldiçoado pela inclinação imprópria,

A sublime cópula coibida.


Realidade fidedigna, dissimulada repressão.

E sua veleidade, deslumbramentos em volúpia são acorrentados

Criando em ti a patologia da lascívia torpe, fazendo-o fraquejar

Diante de meus indignos apetites impudicos.


Bondage, Corefilia, Frotteurismo.

Sadismo e Masoquismo.

Sofrimento ao êxtase, imponho a ti, sensato humano.


Amordaçado, fricções extasiastes

Serão cometidas por minhas oscilações corpóreas

Em uma dança exótica entre meus flancos e ventre, e

Levá-lo-ei ao esplendor de todo júbilo.


Serei, assim, sua apologia ao crime,

A mascarada corrupta, a cruel intrusa de suas idealizações.

Estalos de açoite, o espartilho entreabrindo-se por minhas falanges,

E em meu mais altivo gemido, findarei meu ousado desígnio:

Conquistar-te."


quinta-feira, 29 de maio de 2008

Vamos! Começai!



Só por uns instantes deixar-me-ei iludir com suas palavras decoradas...
E prometo fingir que nunca as ouvi...
Deixarei você me envenenar com sua malícia, só pra que entenda o quão pequeno é diante do todo e de suas vontades.
Morder-me e sentir o gosto doce de final amargo de meu sangue que está repleto de ácido retinóico e pequenas explosões de animação...
Sua autopromoção sectária de um auto.
Só por um momento me farei cego e desentendido, para que assim possa dar cabo à profecia de seus atos...
Reabilitação desconstrutiva, desabilitação intuitiva...
Quando menos esperar quebrarei seu espelho...
E assim, deixará de existir para si e surgirá para mim.

quarta-feira, 28 de maio de 2008