sexta-feira, 20 de março de 2009

Como dizer que aos poucos aquele mundo preto e branco que eu sempre admirei, foi passando a ter cores vivas e desenfreadas? Como nunca notei que nesse meu reino de cores frias, onde eu me fazia vassalo de mim mesmo, eu sempre possuí estirpe régia... A delicadeza de teus longos dedos, seus cabelos cacheados e seu olhar de interesse em minhas luxuriantes estórias, me fizeram, ou melhor, me fazem querer embriagar-me em sua salíva... E assim eu perco o rumo, fico meio bobo, meio lento, meio inteiro e meio. Não consigo deixar de te buscar com os olhos, não passo mais aquela imagem de senhor de mim, perto de você perco toda minha autoridade. E sabe o que é mais excêntrico? Eu não me importo.