terça-feira, 9 de março de 2010

Bruxelas?




Não suporto esse coração em dor, e isso tem acontecido com freqüência ultimamente.
Deixo meus passos me guiarem por um caminho cotidiano e me afasto cada vez mais das exceções. Vejo-me caminhando em meio aos grandes arranhas céus, com minha crueldade calada, com meus suspiros de ânsia. Com meus olhos vermelhos de tanto pensar. Para quem meus dias devem ser azuis, para quê? Deixo de lado minhas angústias para comprar um livro qualquer, desses de bolso. Mas alguns passos adiante olho para trás e vejo os pedaços de mim que ficaram esfolados nos arranhões dos dias que já não se mantêm tão azuis, deixo então a frieza que antes era perpétua tomar conta do ar que me pressiona por todos os lados, por todos os fatos. O mesmo amor que sinto faz me odiar por vezes. Percebo então a sofreguidão de uns poucos, amores, que se mantém intactos. Paro então por uns instantes, e percebo o quanto tem se tornado difícil chorar de pena de mim mesmo. Não tenho tido muito tempo pra isso. Agora preciso dormir para esquecer um pouco esse coração que insiste na dor. Ou será o estômago?Onde foi parar Bruxelas?