terça-feira, 24 de fevereiro de 2009


Quando as pupilas dilatam, o coração acelera e a pele passa a ser mais sensível.
Quando as imagens ficam, a saliva escorre e o sangue esquenta.
Quando os sonhos param, o orgasmo se interrompe.
Quando a vida recomeça, as vontades voltam e a vida volta a ser vida...
Mesmo que pra isso, sacrifiquemos algo...
Viciante.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

ALBERTO GUZIK COMEMORA 60 ANOS DE PALCO COM TEXTO DE MIRISOLA

Um dos maiores críticos e atores do teatro brasileiro, Alberto Guzik, e o grande ator e amigo Chico Ribas, em "Monólogo da Velha Apresentadora", riso certo de linhas tortas. Uma comédia que faz rir e refletir sobre preconceitos que se arrastam pelo tempo... Vale muito a pena ver!

“Monólogo da Velha Apresentadora” mostra o desabafo da velha Febe Camacho, que vem do teatro de revista e dos tempos históricos da televisão brasileira. Ela está furiosa porque sua empregada foi seqüestrada e exigem dinheiro para liberar a mulher.
Febe chega a pensar em não pagar o resgate e deixar a empregada entregue à própria sorte. Mas os sequestradores ameaçam denunciar a velha e famosa apresentadora por “falta de sensibilidade social”. Febe aproveita então seu programa para desabafar. Compara seus tempos com os tempos atuais, xinga, briga, faz confissões que envolvem presidentes e altos mandatários do país, lembra dos tempos da revista, de seu começo na televisão.
A velha apresentadora vai revelando aos poucos que tem muita raiva e muitos preconceitos. E aproveita esse momento para dizer com total franqueza tudo que pensa. É uma comédia com ácido cítrico, como costuma fazer Mirisola, que não tem papas na língua e nem nos dedos para escrever o que pensa e para sacudir a pasmaceira, as acomodações, a passividade.

MONÓLOGO DA VELHA APRESENTADORA

Texto: Marcelo Mirisola

Direção: Josemir Kowalick

Elenco: Alberto Guzik

Trilha sonora: Ivam Cabral

Iluminação: Rodolfo García Vázquez

Assistência de direção: Chico Ribas Quando: Quartas e quintas, 23h

Onde: Espaço dos Satyros Um, pça Roosevelt, 214

Quanto: R$ 20,00; R$ 10,00 (Estudantes, Classe Artística e Terceira Idade); R$ 5,00 (Oficineiros dos Satyros e moradores da Praça Roosevelt)

Lotação: 70 pessoasDuração: 40 min

Classificação: 12 anos

Gênero: ComédiaEstréia: 11 de fevereiro a 26 de março

Matemática divina...

J. Peter Witkin


Eis que saio de casa e me deparo com uma mulher magra, que comia algo que não consegui identificar, deitada num pedaço de trapo sujo. Ela acena pra mim com um sorriso que me contagia, eu aceno pra ela também. Ela me diz sorridente; Eu moro aqui, essa é minha casa a quatro anos, graças a Deus... Então somos vizinhos, eu pensei, graças a Deus, ou graças aos homens... Sigo meu caminho, paro alguns quarteirões à diante. Então, eis que tiro um punhado de deus dos homens do bolso e compro uma carteira de cigarro. Porque será que alguns tem direitos maiores sobre esse deus, possuem esse deus em demasia, enquanto outros são privados de sua face? Será realmente que Deus tem culpa de que quase ninguém queira saber fazer conta de dividir? Ou será...