quinta-feira, 13 de março de 2008

Entresvista com a Luxúria.

Começa aqui uma série de contos levemente eróticos, onde a personagem principal sempre será a luxúria, sendo algo abstrato toma-se aqui a liberdade de coloca-la no corpo de várias personagens e em diferentes experiências...

Conto I



Primeira parte.

A Ninfa

Ela abriu a porta com a chave que minutos atrás retirou de meu bolso quando ainda estávamos no elevador, e entrou na casa como se já a conhecesse, foi em disparada para o quarto onde se trancou no banheiro, enquanto eu pegava o vinho e duas taças que estavam no armário. Deitado na cama, abri o vinho e o coloquei de lado, foi nesse exato momento que vi a porta se abrir e dali surgir não mais aquela jovem tímida que a pouco custava tirar um sorriso, mas sim uma mulher com curvas exuberantes, um sorriso lascivo e um olhar que me penetrava por inteiro. À principio fiquei admirando-a por alguns momentos, e por um simples gesto passei de uma simples admiração para o mais feroz desejo, enquanto de costas para mim se curvou para pegar a garrafa que estava ao lado, e descartando as taças despejou aquela poderosa poção de cor tinta na boca. Pode parecer banal para os leitores esse simples gesto, mas afirmo que não o era, principalmente quando ao tomar o vinho, uma pequena quantia lhe escapava pelos lábios carnudos e lhe escorria pelo pescoço, seio, passando dentre o espartilho branco, até finalmente embebedar a pequena calçinha de renda também branca. A medida que o vinho escorria pelo seu corpo e pingava de seu sexo, meu membro enrijecera de tal modo, que podia-se notar uma forte taquicardia nas rígidas pulsações por sob a grossa calça que vestia. Seu sorriso se tornou ainda mais lascivo quando atentou a agora significativa saliência que ansiava ser tocada. Lentamente ela foi até a vitrola e escolheu para aquele momento um velho disco de Tom Waits, e começou a dançar de uma forma tão delicada que contrastava com o grave timbre do cantor, formando assim um lindo quadro de Waterhouse, com suas delicadas formas de sutil agressividade. Quando me levantei e tentei me aproximar fui barrado por seu sinal negativo, ela me pediu pra deitar novamente e com o olhar fixo de uma predadora se aproximou, e sobre mim lambeu meus lábios e em seguida os mordeu fortemente como se eu fosse presa. Lentamente foi descendo pela nuca e pescoço, desabotoou os poucos botões que ainda restavam em minha camisa e continuou a usar primorosamente a língua e os lábios, ela lambia e mordia meu peito de uma forma tão precisa que parecia saber os pontos mais sensíveis de meu corpo. Enquanto esfregava fortemente seu sexo sobre meu membro rijo, podia-se sentir um sutil perfume de...





Segunda e última parte.


...Maçã... Com a língua vasculhava meu corpo, como se fosse serpente... Desceu até a braguilha e a abriu sem desviar o olhar. Com as mãos ela o expôs de uma maneira firme, e com a língua percorreu toda superfície, me causando o mais divino deleite, meu prazer aumentava mais e mais à medida que sentia o calor de sua boca me envolvendo, sua saliva escorria pelo membro que não hesitava em pulsar firmemente, e ela sorria à medida que sentia aumentar as pulsações e as veias dilatadas pela firmeza que o segurava... Tudo que se seguiu nessa mesma posição deixo a critério da imaginação de quem lê essas linhas, para saltarmos para o momento em que ela se pos de costas pra mim, imobilizada em minhas mãos. Comecei a desamarrar o espartilho, e à medida que os laços eram desfeitos e revelava pouco a pouco suas costas, eu a beijava no pescoço, e descendo pela linha de sua coluna cheguei até sua bunda, que se arrebitava para mim. Enquanto beijava sua bunda, ela se pôs de quatro, de forma quase instintiva, me deixando completamente livre para todos os caprichos possíveis. À medida que ia tirando sua calcinha e revelando seu sexo, minha vontade de mergulhar crescia incontrolavelmente, pus-me a explorar seu sexo com a boca e assim sentir seu doce gosto que me embriagava. Sua respiração se tornou mais ofegante e seus gemidos mais entorpecidos quando nos caminhos de minha língua, cheguei ao ponto que despertava tais interesses, e ali permaneci até o momento que ela se virou, mordeu meus lábios, e me jogando na cama, se fez penetrada por mim com total furor...Vontade era a minha de que aquele momento nunca acabasse. E assim pudesse viver um gozo eterno junto daquela que nunca mais vi e por não saber seu nome eu a chamo de ninfa...

5 comentários:

Karina Zichelle disse...

Fantastique!
De uma sensualidade sutil e avassaladora, como a prórpia personagem.
Bisous.
Au revoir!

David Cejkinski disse...

levemente erotico? uahauhauhuhaauh ui! será mto sade na veia? brincadeirinha...
gostei, qro ver os proximos!
bj

Chico Ribas disse...

Isso é altamente excitante. Muito a flor da pele meu querido. Simplesmente lindo.

Te amo irmão.
Beijos

Anônimo disse...

bom...
vai virar filme!
abraços

Anônimo disse...

Assisti "A Filosofia na Alcova", na última sexta-feira. Os amigos que me acompanhavam na sexta voltaram no domingo para ver "120 dias de Sodoma". Pena eu não ter podido ir!
Mto talentoso o senhor, no palco e como autor, além de lindo! Sem falar na voz sensual... Te imagino lendo tais contos.
Parabéns!