quinta-feira, 12 de abril de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Homem ao mar!
Então eu me pergunto novamente se é aqui, nesse parágrafo que volto a olhar para o chão. Terra a vista! Grito com o que me resta da voz, já diferente de quando comecei a gritar. Mas ao mesmo tempo me sinto ancorado em meio ao mar rodeado de surpresas e instabilidade. E tenho de admitir que isso me excita. O quanto de voz é necessário para uma vida, ontem a minha era de um menino rouco, hoje apena rouco, e mais rouco me vejo perseguido por um homem que se reflete em todos os espelhos. Quanta dor é necessária para que exista o amor? E entre amores diurnos e efêmeros, me encho de placebo noturno de luzes incandescentes, para que as imagens de agora perdurem, e façam algum sentido, mesmo com os olhos furados, dia após dia, um sorriso de canto, meio sem jeito, meio sem jeito e meio. E faço questão de levar comigo os olhares perdidos dos novos perseguidos futuros. Ah, se eu pudesse agradecer um por um por cada lágrima, ruga... Mas meus futuros filhos um dia o farão. Enquanto isso, eu apenas me atiro, voltando o meu mastro para o lugar mais fundo e incerto. E novamente me excito... Sempre de olhos fechados. E gritando sempre, e sempre, cada vez mais rouco, rouco... Homem ao mar! E aqui sempre me resgatam. E aqui eu agradeço com mais um sorriso e meio. Que os dias felizes perdurem!
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Urro poéticas.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Love story
segunda-feira, 25 de julho de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
Como dizer que ainda não sinto?

De repente ele para, abre os olhos e olha para a frente, e entende que mundo é bem maior do que aquele pedaço de céu através da janela, e que seus planos, sonhos, jamais dependerão de um único coração, de uma única ação. Não posso fingir que a falta que sinto deixou de ser falta, mesmo porque o meu sorriso não esconde os meus olhos que dizem tanto quando fechados. Me diz agora, onde estão aqueles sonhos duplos, aquelas velhas histórias de preguiça, os meus futuros filhos, os meus chegares, os meus sorrisos, as minhas cócegas, as minhas pequenas brincadeiras sem graça, o encostar dos pés, o olhar por dentro e acima de tudo, o se sentir inteiro, mesmo que por pequenos momentos? Pode parecer engraçado, mas chego a pensar que a felicidade pode ser comparada a morfina, jamais deve ser consumida de maneira desenfreada, ela também pode ser bem perigosa se experimentada em grandes doses diárias, pois quando o corpo já viciado é privado da mesma, os nervos se paralisam, as pupilas dilatam, o estômago se contrai, sem falar daquela sensação de vazio. Então, você se violenta de várias formas possíveis, tentando sentir fisicamente essa dor, ou melhor, outra dor, para que aquela que você não sabe da onde vem seja um pouco esquecida, mesmo sabendo que será em vão. Então os dias vão passando e você continua tentando preencher esse enorme espaço que ficou em você, com algumas risadas nervosas, uns silêncios barulhentos, e entre uma punheta e um cigarro, você aperta firme os olhos para não vazarem, como um trem vazio. Talvez um dia eu entenda o porquê disso tudo, ou talvez não. Mas agora posso afirmar que mesmo com tudo isso aí fora, aqui dentro eu sei, e me orgulho, de ter experimentado parte do que os românticos diziam.
quinta-feira, 31 de março de 2011
terça-feira, 1 de março de 2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Professione di fede

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
domingo, 19 de dezembro de 2010
Multum...

Como definir esse aferro a essas idéias fixas que transbordaram em meus dias passados?
Confessar talvez o desejo incabível de uma vida tranquila e feliz? Não querer ser importante para muitos, como muitos pensam, mas apenas para um ser? Ser definido apenas como um ser errante que procura um lugar dentro de si, e não como um ser social - psico - maníaco cheio de pequenos transtornos?
Ser indefinido talvez, como num sonho cheio de personagens fantásticas que buscam de maneira persistente apenas um cortejo para acreditar. Essa minha vontade em deixar-me viver com um sorriso no rosto, tem me feito questionar se sou de fato digno de coisas boas, se sou digno de conhecer, mesmo que de longe, essa figurativa imagem, essa insigne figura apetecível que mesmo longe tem me feito tão bem.
Afinal, que venha a felicidade. Quero que me tome nos braços e me faça embriagado em gargalhadas. Quero que todas as lembranças me façam um ser diferente, me façam um ser imperfeito, mas um ser, que de fato é. Quero deixar de lado todas as figuras que me ensinaram a sentir ódio, que me incentivaram a descrença, que disseram como e o que pensar.
Quero muitas coisas, mas dentre elas, a que mais quero é a permanência do querer.
E definir a minha insistência, depois de tantos questionamentos, me parece a mais sóbria loucura.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
Interrupto.

Sua vontade era tanto de deixar em cada curva do caminho uma pedra, que seus olhos entravam em combustão a cada palavra vazia, a cada gesto sem gosto, a cada fim de história sem começo, apenas com meio, apenas... Enquanto todos giravam de um lado para o outro gritando angustiantes canções de timbre rouco, e seus pequenos soluços a traziam para um mundo um pouco pior daquele que existia de fato, seus dedos magros e trêmulos adentravam pela garganta santa de um mísero corpo, e suas histórias, lembranças, aos poucos iam deixando sua alma, deixando seus olhos. Até o dia que o meu deixou de pesar e passou a flutuar por uma história de pequenas desgraças inventadas por ninguém mais que nós dois. Assim deixei mais uma pedra, entre tantas palavras de desconfortos, entre tantos pesares, entre tantas histórias garganta adentro. Deixei-me sentir a suave brisa de seu hálito, e talvez levá-la para a minha eternidade de pequenos prazeres humanos. A vida continua sendo o que há de mais importante, mesmo que desejando a morte.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
sábado, 11 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
domingo, 5 de setembro de 2010
À merda todo essa farsa de querer bem...

terça-feira, 10 de agosto de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
Bruxelas?

Deixo meus passos me guiarem por um caminho cotidiano e me afasto cada vez mais das exceções. Vejo-me caminhando em meio aos grandes arranhas céus, com minha crueldade calada, com meus suspiros de ânsia. Com meus olhos vermelhos de tanto pensar. Para quem meus dias devem ser azuis, para quê? Deixo de lado minhas angústias para comprar um livro qualquer, desses de bolso. Mas alguns passos adiante olho para trás e vejo os pedaços de mim que ficaram esfolados nos arranhões dos dias que já não se mantêm tão azuis, deixo então a frieza que antes era perpétua tomar conta do ar que me pressiona por todos os lados, por todos os fatos. O mesmo amor que sinto faz me odiar por vezes. Percebo então a sofreguidão de uns poucos, amores, que se mantém intactos. Paro então por uns instantes, e percebo o quanto tem se tornado difícil chorar de pena de mim mesmo. Não tenho tido muito tempo pra isso. Agora preciso dormir para esquecer um pouco esse coração que insiste na dor. Ou será o estômago?Onde foi parar Bruxelas?
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Esse monstro adormecido em mim.

Mais uma vez estou aqui. Como era de costume, o aperto pneumático volta com força total.
Paro por alguns momentos e respiro a dor de meus pretos pulmões, estampada nas olheiras profundas da dúvida de um ser. Um ser distante, calado, solitário... Não cabe em mim o que sinto, como não sinto, como uma pedra de gelo, meu coração acelera em desarmonia quando tenta incansavelmente minimizar as marcas de uma noite que insiste
Quando um castelo de areia é derrubado por pés distraídos, e uma criança chora pela queda de um pequeno mundo. Meus dias voltam a fazer sentido. Dando voltas em vários sentidos, procurando o que fazer. Como a criança. Como a criança, preciso crescer. E reconstruir o castelo de areia destruído pela distração dos pés da pessoa que mais amo. Estou tentando, estou tentando, estou tentando, estou tentando... Eu, eu preciso ao menos que minha cabeça esteja submersa em meio a esse mar instável que eu mergulhei. Redescobrir-me a cada dia, me reconstruir a cada queda. Assim me calo mais uma vez, e espero que a meu retorno aqui, nesse purgatório, esteja muito distante. Como também espero que seu sorriso volte a ser meu.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Ladainha dos medos.
E mesmo assim insistem em dizer que vôo alto demais, que falo alto demais ou que rio alto demais. Só não entendo como alguém tão pequeno e medroso como eu, pode incomodar tanto, ocupar tanto espaço.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Lévi-Strauss...
Quando amamos nos deixamos apagar para o mundo.
"Dostoiévsk no Armário"
Seja o que for é estranho que nesse momento as pessoas raramente desmaiem.
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E com a força que existe em mim, creio que sou capaz de suportar todas as torturas, contanto que possa dizer a cada instante, eu existo...