sexta-feira, 18 de abril de 2008

Nostru illusione.

Scott G. Brooks
Negar nossas mais íntimas manifestações naturais, nos afastando dos nossos instintos, não implica necessariamente em uma evolução idealista, mas sim, na vontade de nos aproximarmos de Deus, não de sua essência, mas de sua posição. Nos negamos como subalternos do mesmo, e buscamos sua autoridade, causando assim, uma retórica dominação da massa, mesmo que inconscientemente. O “mal” junto às demais atrocidades contemporâneas são causadas por essa negação da natureza e a imposição de regras, que nos proíbem da execução de algo. Por exemplo, se eu pedir para você nunca imaginar um elefante amarelo com bolinhas vermelhas, você conseqüentemente o imaginará. Igualmente ocorre com esse exagerado numero de regras e proibições em fazer algo que jamais pensamos em fazer. Sendo assim, quanto mais tentarmos nos afastar da natureza e suas conseqüências, mais nos aproximaremos desse “mal” idealista, que tem por sua vez, um caráter imaginário, e distante dos nossos reais instintos. Digamos que o homem de neanderthal surgiu em meio à avenida Paulista, com suas características primitivas, e por suas vez, defeca em meio ao aparado canteiro, todos que presenciassem aquele fato descomunal, se sentiria intimidado, não pelo fato de um homem esteticamente anormal, defecar em meio à avenida, e sim por se ver em suas primordiais ações. Não esqueçamos, que antes de ser, artistas, advogados, deputados, somos animais, e pertencemos a uma classe que não necessariamente precisa se prejudicar para sobreviver. Todo "mal" só existe naquele que busca incessantemente mostrar o que é o "bem". E por sua vez, buscamos o mal, somente para compararmos nossas insignificantes manifestações do “bem”, e assim nos aproximarmos um pouco mais da posição de Deus...

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